Dia de Portugal
Celebramos, no dia 10 de Junho, o Dia de Portugal.
Invocamos também, muito justamente, neste dia, Camões, como expoente da lusitanidade.
Em 1143, perante Guido de Vico, legado papal, era assinado em Zamora, entre Afonso VII de Castela e Leão e D. Afonso Henriques, o tratado de paz em que se reconheceu ao Infante português o título de rei. Nascia, oficialmente, o reino de Portugal.
Durante largos anos, ao lado de D. Afonso Henriques, os portugueses, não medindo esforços ou sacrifícios, haviam batalhado visando este reconhecimento.
De então para cá quantos sacrifícios e lágrimas caldearam o carácter deste povo?!... Quantas alegrias e esperanças lhe acalentaram a alma?!... Quantas vitórias e derrotas lhe temperaram o ânimo?!...
Quantos heróis e quantos santos esta Nação gerou?!... Quantos poetas, escritores e artista este povo revelou?!... Quantos aventureiros, navegantes e descobridores este país mandou mundo além?!...
Mas também quantos cobardes e traidores, trafulhas e desertores, esta terra viu nascer?!... Por acção deles vivemos sob jugo estrangeiro seis décadas. Por acção deles, traições foram urdidas, irmãos foram abandonados, valores foram desrespeitados.
Mas diz a História - esta História de quase nove séculos - que sempre saímos fortalecidos dos desaires.
É por isso também, que neste dia honramos os nossos heróis. É para os lembrar e honrar que nos juntamos frente ao seu memorial, no Forte do Bom Sucesso, numa cerimónia simples, mas sentida. Uma cerimónia em que ex-combatentes evocam a memória de outros combatentes e elevam a voz numa prece de sufrágio.
Cerimónia que os políticos não compreendem e onde não têm lugar, já que celebra valores que não perfilham.
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P R Ó L O G O
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Se aqui, nesta homenagem que se presta,
Se fala, só, de tempos já passados,
É porque, no presente que nos resta,
Nos calam nomes nobres de soldados.
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Aqueles que tombaram no seu posto
Ficaram em sepulcros doutro chão,
Por lá!... Heróis sem nome e já sem rosto,
Varridos das memórias da nação.
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Justiça se fará, talvez um dia,
Se o tempo, de quem fez da cobardia
A honra, num passado bem recente,
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Deixar que o epitáfio dessas vidas
Se cumpra, pois jamais serão 'squecidas
Na alma e no fervor da nossa gente.
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Vítor Cintra
No livro: HOMENAGEM
10 Comentários::
"Cerimónia que os políticos não compreendem e onde não têm lugar, já que celebra valores que não perfilham."
Concordo completamente!!
Beijinho
Caro "poema",
depois de diversos contratempos -cerimónias oficiais tenho que baste- penso estar amanhã na parada dos nossos camaradas em Viana do Castelo, no Dia da Raça.De Portugal.Das Comunidades...
Mama Sume!
Parabenizo a todos, dessa terra maravilhosa, que lutam e não se calam diante das injustiças.
E sinto pelos que já foram. Eles fizeram sua parte aí, e serão recompensados.
Abraços.
As homenagens singelas e sentidas são preferíveis à pompa encenada por alguns.
Um beijo
Amigo Victor:
Um texto e um poema que canta os valores que dão corpo à Alma LUsa
Beijo
Amigo Poeta Vítor:
Belíssima homenagem a todos aqueles que cá dentro e também lá fora, inclusive nas terras linginquas de África lutaram por esta pátria que agora meia dúzia de políticos desonestos querem nos escravizar com os seus rancoros e falta de sensibilidade social. Excelente. Um abraço.
olá
que dizer desta tua homenagem??? linda..
deixo-te um beijo carregadinho de sol e muito carinho...
Vim saber de ti e deixar um beijo
Tem um final de semana maravilhoso
*´¨)
¸.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨)
(¸.•` (¸.•` ¤ * Passo para desejar um óptimo domingo e inicio de semana...beijinho*.•´¸.•*´¨) ¸.•*
Linda homenagem.
Olá
hoje o meu blog é bébé..
bjhs e boa semana
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