ANGOCHE - A conspiração do silêncio
É evidente que esta verdade lapidar não vale, nunca valeu, jamais valerá, para os "figurões" que, instalados em exílios dourados, conspiraram e souberam manipular a seu favor os traidores para se tornarem, afinal, nos grandes e únicos beneficiários desta peculiar "democracia de pacotilha", onde a justiça não funciona (ou nem sequer existe) e onde a impunidade e o compadrio campeiam.
O muro de silêncio erguido para encobrir o destino da infeliz tripulação do Angoche, num esforço execrável de fazer cair no esquecimento até a sua existência, é atestado bastante da caricatura de regime a que os oportunistas insistem chamar "democracia".
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CONTRAPONTO
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A quem diz que a tragédia foi o jeito
De tornar o país mais respeitado,
Eu direi que só fala de respeito
Quem souber respeitar o seu passado.
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A quem quer ser chamado democrata,
Apesar do passado em desfavor,
Eu direi que a maneira, mais sensata,
É mostrar que à verdade dá valor.
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Na conduta que tem, no dia a dia,
É que o homem demonstra se é capaz
De saber que só há democracia
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Se se aceita viver, sem rebeldia,
Em função da verdade. Ela traz,
Ao viver, mais respeito e harmonia.
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Vítor Cintra
No livro: ENCRUZILHADA
11 Comentários::
É Vitor, para os políticos e para muitos cidadões também, temos que assumir, democracia é só até onde seus interesses permitem.
Ou para se fantasiarem do que não são ou para esconderem seus maus fazeres.
Justamente o oposto das palavras de Abraão Lincoln!
E ao que não é belo, transformas em beleza em palavras por ti enfeitadas neste belo soneto!
Beijinhos!
Vitor:
É um prazer visitar o seu blog pela harmonia entre textos e poemas.
Fiquei a conhecer mais alguma coisa do que inexplicávelmente ainda está escondido.
Democracia só pode aliar-se a verdade.
beijo
Vítor Cintra:
Meu caro amigo Poeta, não poderia estar mais de acordo com a frase: «DIGAM A VERDADE AO POVO E O PAÍS ESTÁ SALVO!
Abraão Lincoln». Esta é indissociável da democracia! E que lindo mais este teu soneto. Um abraço.
Oi, amigo!
Desejando, como sempre, um dia de muita paz.
Mas tenho pensado, cá com meus botões: quem é J.Vitor, quem é Vitor Cintra?
Beijo blue
A verdade é coisa que muita gente não conhece, politico e outros, infelizmente...
Mais um bonito soneto tratando a preceito o conceito adjacente.
Beijo
Viva Vitor Silva:
Diga-me lá você é retornado?
É que só isso pode explicar a expressão:
"...regime a que os oportunistas insistem chamar "democracia".
É que eu sou dos que pensa que vivemos em democracia e não sou nenhum oportunista.
E até me sinto ofendido.
Se fosse malcriado eu poderia dizer também:
"Quero lá saber do é isso de Angoche. Não sei do que se trata nem é nada comigo!".
Mas como não sei do que se trata fico calado...para não dizer asneiras.
Se o Victor pretende expressar determinadas ideias que defenda deve ter o cuidado de ver antes se a argumentação não está a ofender terceiros.
Penso que não pensará como o outro:
"eu penso o contrário do Mundo...portanto mude-se o Mundo".
Por favor não queira, indirectamente, comparar a democracia portuguesa com a brasileira.
É que a portuguesa é das mais consideradas na Europa.
Não é a toa que o Presidente da Comissão Europeia é português.
Cumprimentos,
Viva José Alberto,
Porque as suas dúvidas não se esclarecem em duas ou três linhas, tentei responder-lhe pessoalmente usando o endereço de mail da sua página.
A mensagem retornou e reenviei-a como anexo.
Se, eventualmente tiver outro endereço para onde possa reenviá-la, fá-lo-ei sem problemas.
Cumprimentos
Viva Victor Silva:
Para enviar email é só fazer duplo cique em cima da cartinha animada colocada no menu do lado direito.
Está a funcionar normalmente pois ainda á pouco recebi correio através desse endereço.
Cumprimentos
algum dos senhores á altura chegou a ler o que o Senhor Leone escrevia no jornal, ou leram o livro?È que democracia para alguns senhores é sinónimo de poder,querer
e de alcançar o que para a maioria é inantingivel, e ainda agora isso continua a ser verdade. Onde estão os tripulantes?Que é feito do comandante e familia.
Duas palavras apenas.
n/m “ANGOCHE” ficará para a história, no esquecimento, tal como o atentado de Camarate.
“… se a uns conviria que falasse, a outros conviria que calasse…” (António Oliveira Salazar)
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