SINTRA - Um paraíso sem idade
Sintra foi, de facto, habitada desde o Paleolítico Médio (Idade da Pedra Lascada). Existem vestígios do Neolítico aos Calcolíticos (Idades dos Metais) e Idades do Bronze e do Ferro.
Por Sintra passaram Túrdulos, Celtas, Romanos, Bárbaros, Gregos e Muçulmanos.
Por influência grega, no séc.VI, a serra era denominada por "Promontório das Serpentes". Mais tarde, sob o domínio romano, passou a ser chamada "Promontório Maior" ou "Olissiponense". Monte Sagrado e Monte da Lua são outras designações atribuidas a Sintra.
O toponímio "Sintra", cuja versão documental mais antiga é Suntria, poderá ser originário do indoeuropeu "sun", Sol. O nome de Sintra estará sempre associado aos cultos ancestrais, praticados em rituais ao sol e à lua. Durante a ocupação moura, Sintra caiu várias vezes nas mãos de Cristãos, como: Fernando Magno, Afonso VI de Castela, o nórdico Sigurd, antes de ter sido conquistada por D.Afonso Henriques, em 1147, alguns dias após a reconquista de Lisboa. Foi D. Afonso Henriques quem lhe concedeu foral em 1154, que D.Sancho I confirmou. Em 1514, D.Manuel outorgou-lhe nova carta de foral.
Foi em Sintra que nasceu e morreu D.Afonso V.
No Paço Real, D.Afonso VI esteve cativo, à ordem de seu irmão D. Pedro. No mesmo local onde séculos antes D.Manuel I assistiu à partida das caravelas que haveriam de descobrir o Brasil, foi construído, por D. Fernando, o Palácio da Pena, onde residiu o último rei de Portugal, D.Manuel II.
A Vila foi desde cedo local de veraneio da Casa Real Portuguesa e por lá passaram grandes vultos da História e Cultura Nacionais, e não só, como: D.João de Castro, D.Álvaro de Castro, Francisco de Holanda, D.Jerónimo Contador de Argote, Alfredo Keill, Viana da Mota, Leal da Câmara, Ferreira de Castro, Frederico de Freitas, Luis de Camões, Almeida Garrett, Eça de Queiróz, Lord Byron, William Beckford e muitos outros.
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S I N T R A
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Sintra, vila pitoresca,
Calma e doce, verde, linda,
Onde, filhas da floresta,
Em regatos de água fresca,
Brincam ninfas, hoje ainda.
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Ninfas essas que os poetas
Já cantaram, em poemas
Às amantes mais secretas.
- Rimas breves, indiscretas,
De paixões pouco serenas. -
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Sintra, serra que é da lua,
Onde em certa madrugada,
Só, dançando pela rua,
- Diz-nos a lenda que nua -
Anda uma moira encantada.
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Há mistério nessa lenda.
Um mistério que perdura
E que Sintra não desvenda.
Sem que alguém o compreenda,
Só a vê quem a procura.
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Vítor Cintra
No livro: MEMÓRIAS
18 Comentários::
não percebi se consegui publicar o comentário ou não (sou mesmo maçarica!)
de qualquer forma muito obrigado por este momento de paz, em Sintra, a nossa terra! (Que sorte nós temos!!!)
Luz
Gostei de saber mais de Sintra através da foto e de teus lindos versos.
Beijos.
Publiquei um vídeo no Oficina, dedicado a meus amigos portugueses. E claro que estás entre aqueles que mais quero bem.
gosto muito de Sintra, também, e só mesmo compreende quem a procura
Belas memórias, parabéns!
Beijinhos,
Ana Martins
Deixo aqui o meu abraço.
Para a Bela Sintra saudades..
Para Sintra e para o amigo e poeta Vitor Cintra, um abraço amigo!
Minha filha morava ai, em Men Martins...
um beijo
Adoro Sintra!
Tenho Fotografias nos meus outros blogues.
Quando lhe for possível vá até lá que me dá prazer a sua opinião.
Abraço
A Luz A Sombra
ah, que vontade de conhecer esse pedaço de chão que me deu....
beijos, querido e bom fim de semana
MM.
Gosto muito de Sintra: o Palácio da Pena, a Prais das Maças, etc.
Obrigada por mos lembrares.
Um excelente fim-de-semana, Vítor.
Bjinhos, RS.
QUERIDO AMIGO VITOR, MAGNÍFICO TEXTO E O POEMA... SUBLIME!!!
UM BOM FIM DE SEMANA E UM GRANDE ABRAÇO DE CARTINHO E TERNURA,
FERNANDINHA
Vítor tens prémio à espera: Blog dos amigos infornautas!
Parabéns!
Amigo,
Somos de facto previligiados.
Boa semana
Caro Vítor,
há em meu blogue um desafio para si, espero que aceite.
Beijinhos,
Ana Martins
A palavra mágica
dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.
Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.
Carlos Drummond
Lindo domingo!
abraços
Obrigada pelas gentis palavras, o prémio da pedagogia do afecto também é teu! Bjinhos, RS.
Vale a pena conhcer. O ano passado no dia de meu aniversário foi por ai que andei... e gostei tanto, tanto.
Abraço da Mel com votos de boa semana
www.noitedemel.blogs.sapo.pt
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