INIMPUTÁVEL
António Ribeiro Ferreira, assina o artigo que a seguir se transcreve:
"A poeira da propaganda começa a ser levada pelos fortes ventos de Inverno e a realidade cai em cima dos portugueses de uma forma cada vez mais brutal. Os tremendistas de ontem são os realistas de hoje, e os poucos optimistas que restam assumem posições patéticas de quem ainda não compreendeu que as políticas de plástico têm os dias contados. As verdades, nuas e cruas, aparecem de todos os lados.
As agências de rating alertam que Portugal está ameaçado de morte lenta e diversos economistas começam finalmente a libertar-se e a falar verdade aos cidadãos deste País.
A dívida pública é enorme, o endividamento externo perigoso, o défice das contas do Estado dispara e o desemprego atinge níveis nunca antes verificados.
O diagnóstico é terrível e a cura vai ser muito dolorosa. Os portugueses têm andado a viver acima das suas possibilidades e agora chegou o tempo de poupar a sério, a bem ou a mal, provavelmente a mal. Os mitos do Estado salvador, criador de riqueza e de empregos estão, felizmente, a ser desmascarados. Só a economia privada pode criar riqueza e trabalho. Portugal precisa de atrair investimento estrangeiro, mas para isso é preciso aumentar a produtividade e pôr a Justiça a funcionar. Sem estes dois factores o futuro será, como sempre foi, a emigração. Triste sina esta a dos portugueses." (fim da citação)
"A poeira da propaganda começa a ser levada pelos fortes ventos de Inverno e a realidade cai em cima dos portugueses de uma forma cada vez mais brutal. Os tremendistas de ontem são os realistas de hoje, e os poucos optimistas que restam assumem posições patéticas de quem ainda não compreendeu que as políticas de plástico têm os dias contados. As verdades, nuas e cruas, aparecem de todos os lados.
As agências de rating alertam que Portugal está ameaçado de morte lenta e diversos economistas começam finalmente a libertar-se e a falar verdade aos cidadãos deste País.
A dívida pública é enorme, o endividamento externo perigoso, o défice das contas do Estado dispara e o desemprego atinge níveis nunca antes verificados.
O diagnóstico é terrível e a cura vai ser muito dolorosa. Os portugueses têm andado a viver acima das suas possibilidades e agora chegou o tempo de poupar a sério, a bem ou a mal, provavelmente a mal. Os mitos do Estado salvador, criador de riqueza e de empregos estão, felizmente, a ser desmascarados. Só a economia privada pode criar riqueza e trabalho. Portugal precisa de atrair investimento estrangeiro, mas para isso é preciso aumentar a produtividade e pôr a Justiça a funcionar. Sem estes dois factores o futuro será, como sempre foi, a emigração. Triste sina esta a dos portugueses." (fim da citação)
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É triste, de facto a sina dos portugueses. Mas não apenas por causa da baixa produtividade e do não funcionamento da Justiça.
É triste sim, mas principalmente pela falta de coragem para exigir contas aos responsáveis pela miséria a que Portugal chegou.
Alguém teve, recentemente, a frontalidade de dizer ao sr. Sócrates que ele é inimputável. Verdade absoluta. É-o, de facto. Ele e toda quadrilha que com ele nos tem desgovernado, governando-se.
Portugal empobreceu, na exacta medida em que eles e os seus «compadres» enriqueceram.
Triste sina a dos portugueses. Mas triste na exacta medida em que, já que a Justiça não funciona (ou não quer funcionar?), se mostram conformistas e não têm coragem para fazer Justiça pelas próprias mãos. Justiça de Fafe, se for caso disso. A começar pelos políticos e a acabar nos juízes (não todos, graças a Deus).
.S Ó ... C R E T I N O S
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Quem quer que em Portugal exista o caos,
Viveiro de egoísmo e não de amor?
Quem foi que permitiu que tantos maus
Pudessem ter a lei a seu favor?
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Quem foi que por sentir-se poderoso,
Por ter guarda-costas e fortuna,
Calou insegurança e, orgulhoso,
Negou haver, por cá, essa lacuna?
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Quem diz ser governante competente
E faz tantas promessas de milhões,
Mas fica rodeado de ladrões,
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Ou não sabe o que diz, por isso mente,
Ou faz de nós pensantes pequeninos
Que quer como apoiantes «Só cretinos».
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Vítor Cintra
No livro: PASSAGENS
3 Comentários::
Querido amigo,
Compartilho de tua indignação com relaçao à política e à justiça (ou a falta dela) de teu país que é muito parecida, ou mesmo igual no meu país. O que sentes aí, eu também sinto aqui. Enriquecimento de políticos e empobrecimento do povo, além de corrupção, injustiça impunidade...
Como sempre, teus versos expressam de forma admirável o que pensas.
Um forte abraço.
Caro POETA Vitor;
Gostei do texto e da sua achega, como sempre, oportuna e corrosiva como esses imbecis merecem.
Quanto ao soneto, como sempre, simplesmente brilhante.
Um forte abraço.
Tenho a certeza que um dia iremos acordar!
Ás vezes irritam-me os brandos costumes e nestas ocasiões só queria ser espanhola, pelo menos tinha a creteza de reagir ao infortúnio e não me lamentar apenas!
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