Mudam-se os tempos...
Lendo passagens do livro "Reis e Raínhas de Portugal", deparei com algumas notas que me prenderam a atenção. De entre elas destaco e transcrevo duas.
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Humboldt refere que os Celtiberos se dividiram em diferentes tribos, uma das quais os Lusitanos. Estes eram formados por homens hábeis em armar e descobrir ciladas, ágeis e ligeiros na guerra, sendo que as suas evoluções militares eram feitas com muita ordem e destreza. Seguiram a princípio a religião de Noé, entregando-se posteriormente à idolatria. O seu deus principal era Endovélico.
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Santo Agostinho testemunhou que os espanhóis (por este nome devem-se considerar todos os habitantes da Península), nos tempos anteriores às invasões, adoravam um Deus único, princípio e fim de todas as coisas. Eram nesses recuados tempos um dos raros povos em que predominava o monoteísmo, contudo, os sucessivos invasores trouxeram consigo novas religiões, adoptando todas as formas de politeísmo, dentre os quais a mais antiga parece ser o sabeísmo (culto dos astros).
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Aqui cabe ponderar: Era assim A.C.. E hoje?...
O monoteísmo parece continuar a não conseguir impor-se. Já no que respeita ao politeísmo, se a forma mais antiga foi o "sabeísmo", a mais moderna passou a ser, para muitos, o politiquismo. Deste novo culto, pregadores (bem instalados, como é óbvio) não faltam. E a aderência dos seguidores parece medir-se mais pelo volume dos subsídios, ou vantagens, contabilizados, do que pela ideologia das crenças.
Humboldt refere que os Celtiberos se dividiram em diferentes tribos, uma das quais os Lusitanos. Estes eram formados por homens hábeis em armar e descobrir ciladas, ágeis e ligeiros na guerra, sendo que as suas evoluções militares eram feitas com muita ordem e destreza. Seguiram a princípio a religião de Noé, entregando-se posteriormente à idolatria. O seu deus principal era Endovélico.
Santo Agostinho testemunhou que os espanhóis (por este nome devem-se considerar todos os habitantes da Península), nos tempos anteriores às invasões, adoravam um Deus único, princípio e fim de todas as coisas. Eram nesses recuados tempos um dos raros povos em que predominava o monoteísmo, contudo, os sucessivos invasores trouxeram consigo novas religiões, adoptando todas as formas de politeísmo, dentre os quais a mais antiga parece ser o sabeísmo (culto dos astros).
Aqui cabe ponderar: Era assim A.C.. E hoje?...
O monoteísmo parece continuar a não conseguir impor-se. Já no que respeita ao politeísmo, se a forma mais antiga foi o "sabeísmo", a mais moderna passou a ser, para muitos, o politiquismo. Deste novo culto, pregadores (bem instalados, como é óbvio) não faltam. E a aderência dos seguidores parece medir-se mais pelo volume dos subsídios, ou vantagens, contabilizados, do que pela ideologia das crenças.
O homem busca o sagrado
Na sombra do que é profano
E, como animal humano,
Vê deuses por todo o lado.
Há deuses no futebol,
Nos palcos, televião,
E até políticos são
Mais deuses do mesmo rol.
Num culto de si tão pobre,
Só falta mesmo que dobre
O sino, pelo bizarro.
Embora seja loucura,
O homem vive à procura
De deuses com pés de barro.
Vítor Cintra
No livro: À DISTÂNCIA
11 Comentários::
A adesão pelos interesses instalados...
Muito bem feito como sempre!
Beijos
Num culto de si tão pobre,
Só falta mesmo que dobre
O sino, pelo bizarro.
Que falência humana vivemos! Infelizmente tuas palavras retratam uma realidade, e nesse politeísmo incluem também, além do politiquismo, como dizes, o poderitismo ... tudo pelo poder!
Olá!! Passando p/conhecer novos lugares e adorando estar aqui! Viemos tb te fazer um convite: Venha participar do Concurso "Eu sou politicamente correto... e vc?" E mostre ao mundo o que você pensa!! Inscrições em nosso blog, poucas vagas! Equipe GI
Caro Vitor,
Um fiel retrato da realidade. Talvez nunca aprenderemos a respeitar o próximo. Talvez a humanidade nunca deixe de adorar o imediatismo. No fundo queremos "nos dar bem", levarmos vantagem - seja a que preço for -; e sem duvida isso atrasa o desenvolvimento da humanidade; em todos os sentidos.
Enfim não esmorecer é a "meta"; até que um dia afinal - sabe-se lá quando - sejamos uma só imensa e igualitária nação.
Tomei a liberdade de "colar" o seu "Deuses" no blogandofrancamente. Direitos Autorais serão pagos com a minha admiração por ti.
Oi Vitor!
Antes de Cristo e/ou depois de Cristo a verdade é uma só: Há um só Deus, embora com diferentes denominações.
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas.
Aproveitando o ensejo te deixo o meu abraço pelo "dia do amigo".
Deus te guarde hoje e sempre.
Oi!
Parabéns pelo Certificado no Atualizando Blogs.
Gostei do seu blog.
beijos
A imagem que o homem mais cultua, hoje, é a do espelho...a sua própia... belo poema...bjus e feliz dia do amigo!
oi,Tudo bem?
Estou vindo do atualizando blog para conhecer o seu blog e Dar as boas vindas ao meu. Parabens pelo selo de qualidade! abrçs para ti!
Olá! vim conhecer seu maravilhoso blog e te parabenizar por ser destak em atualizando blogs. Desejo a vc um excelente FDS repleto de paz e alegria. Abraço em seu coração
Ora, note que em todas as histórias de seres sobre-humanos, sejam heróis, super-heróis, mártires, deuses, perpétuos etc., é constante o tema da responsabilidade que eles têm perante o universo, e o mau ou bom uso do poder. Auto-responsabilidade é uma virude dificílima de cultivar pelo ser humano e, em sua preguiça de se melhorar, ele a projeta nos deuses. Toda a ação é então responsabilidade de forças superiores e sobre as quais não se tem poder. "É meu destino", "Foi Deus quem quis assim", "Os políticos não fazem nada por nós"...
Penso que nem Humboldt nem Santo Agostinho tinham razão.
Primeiro hoje em dia os arqueólogos questionam a presença de celtas (levando aos celtaibéricos) como povo com as mesmas raízes da Irlanda, Inglaterra e Brteanha.
Para os romanos se um povo não era germano era celta.
Não existia uma tribo Lusitana. Existiam diversas tribos que constituiam os Lusitanos.
Essas tribos eram politeistas e Endovellico foi um Deus importante mas haviam muitos.
No tempo de S Agostinho (325 d.c..por aí) era conveniente dizer que a Ibéria estava cristianizada. Martinho de Dume, em 510 d.c bem tentou. Mas a verdadeira cristianização só começou com a instalação de fronteiras.
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