sábado, março 07, 2009

De volta


Depois de uns dias ausente, desta vez em trabalho e não em passeio, estou de regresso.
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À minha espera, um mimo da amiga Ana Martins, representado pelo "selo" que acima reproduzo. Obrigado Ana, pela tua gentileza e amizade.
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Infelizmente nem tudo me deixa inteiramente feliz.
Parte das expectativas que tantos amigos (e eu próprio) tinham a respeito da decisão dos senhores juízes, sobre o caso de FLÁVIA , de que vos dei conta no artigo anterior, gorou-se. Mas se todos os quesitos não alcançaram êxito, pelo menos uma parte encontrou eco na voz da Justiça de Brasília, como podem ver no blog de Flávia.
Os juízes deliberaram responsabilizar o condomínio, proprietário da piscina que foi causa do acidente, e determinar o pagamento da indemnização, por parte da seguradora, o que quer que isso represente. Ilibaram também de qualquer responsabilidade no acidente, Odele, mãe de Flávia.
Fraco êxito, porém, se se tiver em atenção que a irresponsabilidade de fabricantes ou instaladores, condenou uma criança a um estado de coma que nenhuma indemnização reverterá.
Só que, "sentados no banco dos réus" estavam entidades muito mais poderosas do que uma Mãe, clamando por justiça.
É assim, infelizmente, a justiça dos homens. presa a leis genéricas e naturalmente insensíveis a dramas como este.
Não sei se, neste caso, o poema que se segue é ou não justo, mas é o que me apetece dizer.
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J U S T I Ç A
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Se alguma vez encontrei
Razão p'ra compor poemas
Foi ao ter visto que a lei
Põe os interesses da grei
Atrás de muitos esquemas.
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Sabendo quanto me exponho
Às críticas discordantes
Não abro mão do meu sonho;
Compondo, como componho,
Acuso apenas tratantes.
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Justiça?!... Se fosse feita
Sem ver o nome do réu,
Não sendo embora perfeita,
Faria andar mais direita
A vida de quem sofreu.
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Vítor Cintra
No livro: MOMENTOS

11 Comentários::

At 7/3/09 10:05 da tarde, Blogger Unknown said...

Parabéns Vítor,
é inteiramente justo este teu grito de revolta!!!!!!!!

Beijinhos,
Ana Martins

 
At 7/3/09 11:23 da tarde, Blogger margusta said...

"Justiça?!... Se fosse feita
Sem ver o nome do réu,
Não sendo embora perfeita,
Faria andar mais direita
A vida de quem sofreu."


Caro amigo Vítor...completamente de acordo!!!
Um Grito este teu poema!

Quanto ao caso de Flávia, tinha outras expectativas...vou passar agora por lá.

Um beijo e bom fim de semana!

 
At 8/3/09 12:38 da manhã, Blogger Menina do Rio said...

A Lei é falha, meu amigo. Vivemos num país onde os direitos humanos só funcionam em prol dos que estão na contramão da lei.


Obrigada pelo carinho.
Fica aqui o meu beijo soprado ao vento e que teu domingo seja esplêndido!

 
At 8/3/09 1:44 da manhã, Blogger nona e eu said...

olá, o seu poema é fabuloso, e transcrito acima é um grito que clama por justiça, para uma mae já a tanto guerreira e sofredora! abraços

 
At 8/3/09 11:21 da manhã, Blogger Rosa Silvestre said...

Infelizmente a justiça é pouco e, na maioria das vezes, já vem tarde...
Parabéns pelo prémio, Vítor porque é BEM merecido!
Bjs e um excelente resto de fim-de-semana, RS.

 
At 8/3/09 4:26 da tarde, Blogger Isabel Filipe said...

Olá Victor ....

infelizmente a Justiça é muitas vezes injusta ... tb eu fiquei bem triste com o final deste processo (em relação à Jacuzzi) ....

parabéns pelo poema e pelo prémio que bem mereces...


beijinhos

 
At 9/3/09 11:45 da manhã, Blogger Teresa Durães said...

infelizmente também tenho uma grande descrença na justiça

 
At 9/3/09 4:08 da tarde, Blogger FERNANDINHA & POEMAS said...

QUERIDO VITOR, ADREI O POEMA, EMBORA NUM CONTESTO DOLOROSO... UM GRANDE ABRAÇO DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA

 
At 9/3/09 9:02 da tarde, Blogger Elsa Martinho said...

Oa meus parabéns!
:)
Beijinho.

 
At 10/3/09 5:34 da tarde, Blogger . fina flor . said...

muito bom ;o)

beijos, querido e boa semana

MM.

 
At 13/3/09 7:58 da tarde, Blogger . fina flor . said...

bom fim de semana, querido

beijos

MM.

 

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