FLORES - Ilha das Caldeiras
A primeira vez que pisei a Ilha das Flores, senti-me envolvido por um halo de magia, que ainda hoje tenho presente.
Não sei se foi devido à maravilha de cambiantes do céu, numa espantosa paleta entre os rosas, os azuis e os cinzentos, contrastando com a imensidão de um mar, muito azul, em que os raios do sol poente rasgavam esteiras de luz, ou se foi a tranquilidade de Sta. Cruz, em contraste com a agitação de Lisboa, de onde saíra escassas horas antes. Mas, confesso, foi um choque mágico que perdurou nos quatro dias da estadia.
Foi meu guia um homem que soube mostrar-me e explicar-me toda a ilha, a vida e os costumes e que, sem que necessitasse dizer-lhe, parecia saber interpretar os meus gostos e ânsias de conhecimento.
Interessando-se também por todos os lugares, quer aqueles de onde eu vinha quer os que visitara, mantinha fácil a conversa.
Com muita simplicidade, naturalidade e graça, contou-me o seu dia a dia. Resumia-o assim:
Das 00,00 às 08,00 horas era o seu tempo de trabalho (na EDA - empresa da electricidade). Das restantes dezasseis hora do seu dia, reservava oito para dormir e seis para andar no taxi, ao volante do qual conhecia o mundo, pelos olhos de gente como eu. Quando o questionei sobre as restantes duas horas, respondeu-me, convincente e convicto: "Essas estão reservadas para aturar a mulher, que também tem direito."
Foi pela mão do incomparável Sr. Soares que percorri toda a ilha e, no segundo dia da minha estada (último domingo do mês de Junho), conheci e compartilhei a célebre sopa do Espírito Santo que os florianos confeccionam para toda a ilha.
Uma delícia, pela qual cerca de 4.000 comensais esperam, pacientemente e em amena cavaqueira, a sua vez.
Não sei se foi devido à maravilha de cambiantes do céu, numa espantosa paleta entre os rosas, os azuis e os cinzentos, contrastando com a imensidão de um mar, muito azul, em que os raios do sol poente rasgavam esteiras de luz, ou se foi a tranquilidade de Sta. Cruz, em contraste com a agitação de Lisboa, de onde saíra escassas horas antes. Mas, confesso, foi um choque mágico que perdurou nos quatro dias da estadia.
Foi meu guia um homem que soube mostrar-me e explicar-me toda a ilha, a vida e os costumes e que, sem que necessitasse dizer-lhe, parecia saber interpretar os meus gostos e ânsias de conhecimento.
Interessando-se também por todos os lugares, quer aqueles de onde eu vinha quer os que visitara, mantinha fácil a conversa.
Com muita simplicidade, naturalidade e graça, contou-me o seu dia a dia. Resumia-o assim:
Das 00,00 às 08,00 horas era o seu tempo de trabalho (na EDA - empresa da electricidade). Das restantes dezasseis hora do seu dia, reservava oito para dormir e seis para andar no taxi, ao volante do qual conhecia o mundo, pelos olhos de gente como eu. Quando o questionei sobre as restantes duas horas, respondeu-me, convincente e convicto: "Essas estão reservadas para aturar a mulher, que também tem direito."
Foi pela mão do incomparável Sr. Soares que percorri toda a ilha e, no segundo dia da minha estada (último domingo do mês de Junho), conheci e compartilhei a célebre sopa do Espírito Santo que os florianos confeccionam para toda a ilha.
Uma delícia, pela qual cerca de 4.000 comensais esperam, pacientemente e em amena cavaqueira, a sua vez.
Impões-te no mar largo, a ocidente,
Pintando o oceano de mil cores.
E, fruto desse encanto, terra e gentes,
Surgiu este teu nome 'Ilha das Flores'.
O mar te acaricia, meigamente,
Ou bate e se desfaz nos teus escolhos.
O Corvo, que se eleva à tua frente,
Desenha os seus contornos a teus olhos.
As lendas, dum passado que é nubloso,
Evocam os vulcões e os atlantes,
Em ti coexistindo, tempos antes.
O certo é ter el-rei, "O Venturoso",
Dos Teives recebido a boa nova,
Que a H'stória nos relata, como prova.
Vítor Cintra
No livro: CONTRASTES
10 Comentários::
Visito mais uma vez, e como sempre aprecio este agradável blogue. Parabéns.
Espero que as férias te estejam a correr bem.
Não conheço a Ilha das Flores, mas um lugar onde a natureza esta presente e o mar a banha deve ser deslumbrante, depois a ternura das pessoas faz o resto
beijinhos
Olá...
Vim especialmente para te agradecer por tua visita e por tua gentileza e educação. Claro quie podes lincar meus endereços e será lisongeiro fazer parte de tua seleta lista. Visitei teu espaço de fotografias e me deliciei com as imagens de Sintra, cidade linda e adorei as esculturas, que também fazem parte de minha vida e de meus olhares.
Gostei de tudo aqui e mais uma vez obrigada por tua presença e és bem vindo sempre que desejares.
Uma excelente semana,
Com um abraço,
Cris
J Vitor, no texto e no poema transmite todo o bucolismo que imagino, se apresenta na Ilha das Flores, lindo ... Abraços.
Os Açores são um dos maus locais mágicos de sonhos encantados. Não conheci porém a Ilha das Flores. Talvez um dia... gostei bastante do poema e grata pelas visitas. Beijo
Atentendo aos teus desejos, comunico que abri o SILÊNCIO para comentários com moderação e asseguro que todos os comentários por lá, serão lidos e respondidos em aos seus respoectibos donos.
Abri também os comentários com moderção, no TRILHAS & TERRAS e sugiro uma vista ainda que breve por lá. Acabo de postar.
Um abraço,
Cris
Espero que as férias sejam retemperadoras. Eu já voltei.
Que prazer ler-te meu amigo. Como sabes unir as letrinhas para formarem belos e delicados pedaços de sensibilidade.
Beijinho
Olá,
Maravilhosa foto encantador lugar,um belo poema,uma tela perfeita.
Gostei muito.
Vem ao virtualrealidade o momento é de festa,a nossa,tua, e a de todos.
beijos
Isa
Olá!
Passei , li as novidades e deixo um beijito :)
Só hoje dei conta que escrevi "maus" em vez de meus...fica a emenda.
Beijo
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