terça-feira, abril 24, 2007

RAINHA SANTA ISABEL

(Coimbra - Convento de Sta. Clara)

Filha de Pedro III, rei de Aragão e Sicília, e de Constança de Hohenstauffen, rainha da Sicília, Isabel, Infanta de Aragão, nasceu no ano de 1271.
Em 11 de Fevereiro de 1282, ao casar com D. Dinis, torna-se raínha de Portugal. Na cerimónia, celebrada em Barcelona, o rei português fez-se representar. As cerimónias nupciais, porém, realizaram-se em Trancoso, com enorme imponência, só em 24 de Julho de 1288.
Do casamento nasceram, em 1290 D. Constança, e em 1291 D. Afonso (herdeiro do trono e que foi, mais tarde, o responsável pela morte de D. Inês de Castro).
D. Isabel - chamada, pelos portugueses, de Rainha Santa - recebeu do rei castelos, palácios e senhorios, dos quais se destacam Leiria, Coimbra, Estremoz (em cujo Paço real os reis viveram muito tempo e onde a raínha viria a falecer, em 1336).
A influência, benéfica, da Rainha Santa, não se resume ao bem que fez aos necessitados e ao milagre das rosas. A sua intervenção, como medianeira, nas repetidas tentativas de rebelião de D. Afonso, contra seu pai, o rei, foi crucial, mais do que uma vez, para evitar derramamento de sangue.
Em 1325, com a morte de D. Dinis e a subida ao trono de D. Afonso IV, D. Isabel retirou-se para o Mosteiro de Santa Clara, em Coimbra.
Em 1516 o Papa Leão X reconhece-a oficialmente como beata, com culto restrito à Diocese de Coimbra. Em 1556 o Papa Paulo IV, alarga esse culto a toda a cristandade. A canonização aconteceu em 1625, pelo Pontífice Urbano VIII.

V E N E R A Ç Ã O

Aquela que, na vida, foi rainha
Deixou-nos na memória, como povo,
A força dum milagre que, por novo,
Foi belo por provir donde provinha.

Se muitas são as rimas e as prosas
Que cantam feiros grandes da nação,
São poucas as que contam como o pão
Surgiu, no seu regaço, feito rosas.

E, porque foi chegada a sua hora,
Em terra coimbrã descansa agora,
Bem junto às calmas águas do Mondego.

E o rio, que se espraia na cidade,
Venera, nesse atraso, com saudade,
A Santa, que repousa no segredo.

Vítor Cintra
No livro: AO ACASO

24 Comentários::

At 25/4/07 12:56 da manhã, Blogger Kalinka said...

Olá Vítor
Mais uma vez te visito, apesar de ter andado um pouco ausente.

Ano de 2001 - 25 de Abril
Neste ano e neste dia, eu estava «presa» por outra razão... presa ao Amor.
E, divagando, aqui vos ofereço estas palavras:
Hoje queria,
Encher-te de rosas cor de pêssego,
Queria acordar-te
Com uma flor pelo corpo,
Queria hoje...
Hoje queria amar-te muito,
Queria hoje,
Porque...
O quero todos os dias.

Espero que passes um bom feriado.

 
At 25/4/07 1:36 da manhã, Blogger Odele Souza said...

Vítor,
Além da aula de história, me encantou a fotografia do Convento de Sta. Clara, com sua arquitetura deslumbrante. Um beijo.

 
At 25/4/07 1:52 da manhã, Blogger sonhadora said...

Fazes parte dos meus sonhos.
Beijinhos embrulhados em abraços

 
At 25/4/07 4:18 da manhã, Blogger Escorpiana Explosiva said...

lindo poema vim visitar pois senti saudade da sua casa.

 
At 25/4/07 10:31 da manhã, Blogger Espaços abertos.. said...

Tanto me encantou o texto,com uma grande dose de informçao como a bela imagem do Convento.

Bom feriado

Bjs Zita

 
At 25/4/07 10:41 da manhã, Blogger soslayo said...

Um Poema - Vítor:

Aliado à excelente escrita e dom da poesia ainda juntas o descrever da história duma maneira que nos fascina. Obrigado amigo poeta. Um abraço. Um bom feriado.

 
At 25/4/07 2:02 da tarde, Blogger Ana said...

Olá Vitor.
Como sempre um pouco de história aliada brilhantemente com a poesia.
A rainha Isabel será sempre uma das pessoas mais marcantes em Portugal pelos seus gestos nobres e piedosos. Faz falta mais pessoas assim!
Beijos

 
At 25/4/07 6:33 da tarde, Blogger Isabel Filipe said...

Oi Vitor,

Adorei o poema ...

como no meu tempo se aprendia a nossa História ainda erámos bem miúdos ... eu fiquei fã desta Rainha, pelo Milagre das Rosas ...e...rssss.... port ter o meu nome


beijinhos

 
At 25/4/07 9:09 da tarde, Blogger kurika said...

O poema é soverbo.

A foto...traz-me recordações, dos meus tempos de estudante.

Coimbra tem sempre encanto, não é só na hora da despedida.

bom trabalho.

Bjs

 
At 25/4/07 9:12 da tarde, Blogger kurika said...

Desculpa, queria dizer SOBERBO.

 
At 26/4/07 12:41 da manhã, Blogger leituras said...

Belo!Belo!Belo!
Um soneto à altura do tema.
Uma imagem a convidar a uma ida até Coimbra.

Boa semana

 
At 26/4/07 5:31 da manhã, Anonymous Anónimo said...

A cada vez que leio um de seus post, mais admiro sua cultura, seus poemas e o melhor, aprendo com eles.

Beijos

 
At 26/4/07 4:37 da tarde, Blogger Unknown said...

Mais uma bela lição de história!
Engraçado que há uns dias atrás fiz um poema sobre esta nossa Rainha Santa Isabel, e o seu milagre das rosas, especialmente para a minha filha, por causa de um teatro que vai fazer sobre o tema, na escola. Não se compara ao teu, mas depois, se quiseres, mostro-te!

♥*´¯`*Beijinhos*´¯`*♥

 
At 26/4/07 10:37 da tarde, Blogger sonhadora said...

Esta noite deitei o sonho no leito ...e vejo estrelas.
beijinhos embrulhados em abraços

 
At 28/4/07 9:42 da tarde, Blogger tb said...

Há algum tempo que n visitava os amigos, porque a vida nem sempre nos permite que façamos o que gostamos.
Fico sempre por aqui contemplando as coisas belas com que nos brindas. Obrigada
Beijinhos

 
At 29/4/07 1:50 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Ola Vitor
Tenho tantas saudades dos teus lados, tenho de ir em breve ver a familia. Esse Sol deve estar uma maravilha.
Beijinhos*

 
At 29/4/07 8:43 da manhã, Anonymous Anónimo said...

È sempre bom passar por este refrescante e agradável espaço, onde admiro o bom gosto tanto nas imagens como nas palavras que as sintonizam! Parabéns e boa semana!!!

 
At 29/4/07 10:33 da manhã, Blogger leituras said...

O conhecimento e a poesia sempre bem conjugados.
Ler os teus textos é tão importante para o saber como ler a tua poesia é importante para o sentir.

Boa semana e bom feriado, amigo.

 
At 29/4/07 10:17 da tarde, Blogger Å®t Øf £övë said...

Vítor,
E que grande mulher não terá sido para ter sido Rainha, e ser lembrada como Povo. Não está ao alcance de todos, apenas de seres humanos extraordinários, como foi a Rainha Isabel.
Abraço.

 
At 1/5/07 12:25 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Grande espaço o seu blog...maravilhoso...vim retribuir a linda visita.
Bjsssss
Boa semana

 
At 1/5/07 5:11 da manhã, Blogger Escorpiana Explosiva said...

desejo bom feriado.

 
At 1/5/07 7:15 da tarde, Blogger Rosa Silvestre said...

Mais um belo poema complementado por uma bela imagem: a do Convento de Sta. Clara. um bjinho

 
At 1/5/07 7:39 da tarde, Blogger CC said...

O rio por dentro da terra. Ou será o contrário?

Abraço.

 
At 3/5/07 1:26 da tarde, Blogger Luiz Carlos Reis said...

Vitor,

Salve! Salve! Rainha!
Nobre contexto!


Amplexos!

 

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