sexta-feira, julho 03, 2009

EDUCAÇÃO - Uma questão de berço



De asneira em asneira, de calinada em calinada, o ministro "Maizena" acabou por quebrar o verniz e mostrar-se inteirinho, tal como é, sem disfarces nem camuflagens. O povo diz, na sua sabedoria:

«Aquilo que o berço dá, só a tumba leva!»

A rápida reacção do sr. Sócrates revela o seu incómodo, face à falta de respeito do seu ministro, não pelo adversário a quem foi dirigido o insulto, mas sim pelo local por ele escolhido para palco da sua má educação. O Parlamento.
Mas mostra também a sua determinação em deixar pelo caminho, sem contemplações, quem quer que se atreva a colocá-lo em causa, ou em situação incómoda, mesmo que se trate de um dos seus apaniguados mais bajuladores.
Neste caso, porém, diga-se em boa verdade, que a reacção foi célere, mas correcta.
E, por muito que os bajuladores, os oportunistas, os lacaios, autointitulados de "comentadores", se desdobrem em justificações e desculpas para o sucedido, e se multipliquem em servilismos os pasquins - falados ou escritos - que se dizem imprensa, na tentativa de minimizar o caso, o certo é que, desta feita, a censura não conseguiu evitar o que todo o país viu, em directo.
Não venham, pois, com imbecis argumentações, tão estúpidas como essa de que o sr. Maizena está cansado, porque o cansaço não desculpa a má educação. Nem nos venham dizer que foi um ministro muito bom, que revelou capacidades técnicas extraordinárias, que até solucionou a questão das minas, blá, blá, blá... porque se começarmos a enumerar os fracassos deste senhor desde o encerramento da Opel na Azambuja (por absoluta incompetência e anormal arrogância), os seus fracassos como técnico e como político, só são equiparáveis, em grandeza, à sua má educação. Considere-se, apenas, o valor dos investimentos deslocalizados e, mesmo sem ter em conta os monumentais erros da política económica, ter-se-à noção da enorme factura da sua incompetência, que o país está a pagar e há-de pagar ainda durante muitos anos.
A verdade é que se tivesse sido demitido juntamente com o "fecha maternidades" já ia tarde.
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P A R Á B O L A
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É assim que se resume

Duma forma adequada,
O vilão que muito assume
Mas que pouco faz, ou nada.
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"Presunção e água benta,
Cada qual toma a que quer!"
Diz o povo, que apresenta
Em ditados o saber.
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E, se quando o diz, resume
A distância da vaidade
Às razões da humildade,
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No dizer também assume
O sentir de muita gente
Que não diz tudo o que sente.

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Vítor Cintra
No livro: ECOS

5 Comentários::

At 3/7/09 8:03 da tarde, Blogger Luz said...

É vergonhoso!
Será que voltámos à imbecilidade das décadas de 10 e 20 do sec. XX?
Será que este povo anda adormecido?
Começo a ter vergonha de ser Portuguesa!...
Luz

 
At 4/7/09 2:01 da tarde, Blogger Papoila said...

Olá:
Não me esqueço dos seus feitos desde que acompanhou o seu PM a fumar numa viagem de avião... nessa este desculpou-se com ele... agora foi célere a corrigir a má criação...
Há muito o devia ter feito.
Beijos

 
At 5/7/09 12:50 da manhã, Blogger Unknown said...

O Sr Ministro simplesmente deixou cair a máscara e revelou-se tal qual ele é.
Arrogante e incompetente já todos sabíamos que é, só não tínhamos a noção de até onde poderia chegar a sua falta de educação.

Muito bom o soneto!!!

Beijinhos,
Ana Martins

 
At 10/7/09 11:22 da manhã, Blogger Manel do Montado said...

Eu acho mais vergonhoso todo o procedimento arrogante, falacioso, despudorado e demagógico com que o PM nos tem brindado, fazendo de nós ignorantes incapazes de perceber que ele é mesmo licenciado, que se enganou a preencher a ficha de inscrição da AR, que o caso Freeport é ficção e perseguição política, que a Cova da Beira é invenção da imprensa, etc, etc.
Até porque o Sr. Pinho mais não fez do que por cornos na sua própria cabeça, revelando assim a sua verdadeira natureza.
Um abraço

 
At 28/7/09 11:18 da tarde, Blogger Å®t Øf £övë said...

Vítor,
E como a memória é curta, o ex-ministro "maizena" anda por aí de comezaina em comezaina a ser homenageado pelo bem que fez à nação!!!
Vamos lá nós perceber estas politiquices...
Abraço.

 

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