quinta-feira, setembro 30, 2010

O sr. ministro

(imagem recolhida na internet)
A imoralidade das afirmações produzidas por alguém cuja competência está bem patente em casos como o do BPN e do BPP, para referir apenas dois dos mais mediáticos, só pode merecer o repúdio de quem sente diariamente as consequências da desgovernação, de que o Sr. ministro é responsável maior, senão politicamente, pelo menos tecnicamente.
Nas sugestões para combater o défice das contas do Estado, é óbvio que a "sumidade" não inclui a possibilidade de abrir mão de qualquer uma das suas injustificadas regalias milionárias, nem sequer equaciona a decência de passar a auferir um ordenado que esteja de acordo com a realidade do país e da moralidade.
Do alto da sua faustosa vida, olhando o povo como classe a explorar até à exaustão, assume o agourento papel de mentalizador de um inevitável agravamento de impostos, que continue a engordar o imoral fausto dos compadres.
É óbvio que moralidade, honestidade e vergonha são palavras que, para a abútrea personagem, nada significam, muito embora encha, constantemente, a boca com elas. Pois, se soubesse o seu significado, há muito tempo teria tido a honestidade de dar um tiro na "cabaça", em vez de, há tantos anos, andar por aí a passear a sua incompetência, empobrecendo o país e assombrando e arruinando a vida de todos nós.
No final, sobra-nos a triste realidade de sermos todos nós a pagar as nefastas consequências do voto dos mamões do regime, secundados pelos votos de obtusos masoquistas que, incapazes de pensar por si mesmos, se deixaram emprenhar pela diarreia verbal dos oportunistas locais.
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I M P R U D Ê N C I A
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Sentámos nas cadeiras do poder
Os homens de moral mais duvidosa,
Juntando duma forma desastrosa
A fome co' a vontade de comer.
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Se cada povo tem o que merece,
- Um dogma da ciência popular -
Importa muito pouco lamentar
A triste, ou pouca sorte que acontece.
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O certo é que os abutres, no poleiro,
Sem nunca se fartarem de dinheiro,
Nos sugam, cada dia, mais um pouco;
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E povo, empobrecido, sem remédio,
Não tem como fugir de tal assédio,
E diz já que o governo ficou louco.
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Vítor Cintra
No livro: RECADOS