quinta-feira, dezembro 30, 2010

FELIZ 2011


Amigos, deixo-vos os meus votos de FELIZ ANO NOVO, na voz dos Abba.

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Como se asfixiou a democracia

Endividando as pessoas e o país

quinta-feira, dezembro 23, 2010

FELIZ NATAL

A todos vós, amigos, desejo um FELIZ NATAL,
com muita paz e alegria.

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Seja responsável

Agora que a quadra das Festas se aproxima
é bom ver e meditar

terça-feira, dezembro 14, 2010

A fome nas escolas

(imagem recolhida na internet)
Pela sua importância e pertinência se transcreve um artigo, publicado em 19 de Novembro de 2010, pelo Professor Arnaldo Antunes:
"Ontem, uma mãe lavada em lágrimas veio ter comigo à porta da escola. Que não tinha um tostão em casa, ela e o marido estão desempregados e, até ao fim do mês, tem 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos. Acontece que o mais velho é meu aluno. Anda no 7.º ano, tem 12 anos mas, pela estrutura física, dir-se-ia que não tem mais de 10. Como é óbvio, fiquei chocado. Ainda lhe disse que não sou o Director de Turma do miúdo e que não podia fazer nada, a não ser alertar quem de direito, mas ela também não queria nada a não ser desabafar. De vez em quando, dão-lhe dois ou três pães na padaria lá da beira, que ela distribui conforme pode para que os miúdos não vão de estômago vazio para a escola. Quando está completamente desesperada, como nos últimos dias, ganha coragem e recorre à instituição daqui da vila – oferecem refeições quentes aos mais necessitados. De resto, não conta a ninguém a situação em que vive, nem mesmo aos vizinhos, porque tem vergonha. Se existe pobreza envergonhada, aqui está ela em toda a sua plenitude. Sabe que pode contar com a escola. Os miúdos têm ambos Escalão A, porque o desemprego já se prolonga há mais de um ano (quem quer duas pessoas com 45 anos de idade e habilitações ao nível da 4ª classe?). Dão-lhes o pequeno-almoço na escola e dão-lhes o almoço e o lanche. O pior é à noite e sobretudo ao fim-de-semana. Quantas vezes aquelas duas crianças foram para a cama com meio copo de leite no estômago, misturado com o sal das suas lágrimas… Sem saber o que dizer, segureia-a pela mão e meti-lhe 10 euros no bolso. Começou por recusar, mas aceitou emocionada. Despediu-se a chorar, dizendo que tinha vindo ter comigo apenas por causa da mensagem que eu enviara na caderneta. Onde eu dizia, de forma dura, que «o seu educando não está minimamente concentrado nas aulas e, não raras vezes, deita a cabeça no tampo da mesa como se estivesse a dormir». Aí, já não respondi. Senti-me culpado. Muito culpado por nunca ter reparado nesta situação dramática. Mas com 8 turmas e quase 200 alunos, como podia ter reparado? É este o Portugal de sucesso dos nossos governantes. É este o Portugal dos nossos filhos." (Fim da citação)
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Enquanto isto acontece com dezenas de crianças, há quem, despojado de escrúpulos e moral, decrete a miséria dos pobres, enquanto veste fatos "Armani" de milhares de dólares. Tal como há quem viva em palácios e receba, sem fazer o que lhe compete, principesco ordenado, a somar às várias reformas que, na mais absoluta desvergonha, continua a embolsar. Há quem nos diga que isto é viver em «democracia». Eu prefiro dizer a verdade. Isto não é, nunca foi senão imoralidade.
Entretanto, os tais militares «demokratas», auto-intitulados "heróis" do (fatídico) 25 de Abril, olham para o lado e vão continuando a alimentar a sua obesidade, física e mental, parasitando o povo.
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P E N A S
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Sobre os ombros a sacola,
No caminho para a escola,
Empurrada pelo vento;
Enterrados os pezinhos
Nos lameiros dos caminhos,
Passo a passo, num tormento.
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Tiritando com o frio
Vai olhando para o rio,
Que rouqueja, com fragor;
Com coragem de criança
Vence o medo, quando avança,
Mas no rosto lê-se a dor.
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Vítor Cintra
No livro: ECOS

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Devem-nos muito dinheiro

Pela sua pertinência e veracidade, se transcreve o artigo assinado por Mário Crespo
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"José Sócrates em 2001 prometeu que não ia aumentar os impostos. E aumentou. Deve-me dinheiro. António Mexia da EDP comprou uma sinecura para Manuel Pinho em Nova Iorque. Deve-me o dinheiro da sinecura de Pinho. E dos três milhões de bónus que recebeu. E da taxa da RTP na conta da luz. Deve-me a mim e a Francisco C. que perdeu este mês um dos quatro empregos de uma loja de ferragens na Ajuda onde eu ia e que fechou. E perderam-se quatro empregos. Por causa dos bónus de Mexia. E da sinecura de Pinho. E das taxas da RTP. Aníbal Cavaco Silva e a família devem-me dinheiro. Pelas acções da SLN que tiveram um lucro pago pelo BPN de 147,5 %. Num ano. Manuel Dias Loureiro deve-me dinheiro. Porque comprou por milhões coisas que desapareceram na SLN e o BPN pagou depois. E eu pago pelo BPN agora. Logo, eu pago as compras de Dias Loureiro. E pago pelos 147,5 das acções dos Silva. Cavaco Silva deve-me muito dinheiro. Por ter acabado com a minha frota pesqueira em Peniche e Sesimbra e Lagos e Tavira e Viana do Castelo. Antes, à noite, viam-se milhares de luzes de traineiras. Agora, no escuro, eu como a Pescanova que chega de Vigo. Por isso Cavaco deve-me mais robalos do que Godinho alguma vez deu a Vara. Deve-me por ter vendido a ponte que Salazar me deixou e que eu agora pago à Mota Engil. António Guterres deve-me dinheiro porque vendeu a EDP. E agora a EDP compra cursos em Nova Iorque para Manuel Pinho. E cobra a electricidade mais cara da Europa. Porque inclui a taxa da RTP para os ordenados e bónus da RTP. E para o bónus de Mexia. A PT deve-me dinheiro. Porque não paga impostos sobre tudo o que ganha. E eu pago. Eu e a D. Isabel que vive na Cova da Moura e limpa três escritórios pelo mínimo dos ordenados. E paga Impostos sobre tudo o que ganha. E ficou sem abonos de família. E a PT não paga os impostos que deve e tenta comprar a estação de TV que diz mal do Primeiro-ministro. Rui Pedro Soares da PT deve-me o dinheiro que usou para pagar a Figo o ménage com Sócrates nas eleições. E o que gastou a comprar a TVI. Mário Lino deve-me pelos lixos e robalos de Godinho. E pelo que pagou pelos estudos de aeroportos onde não se vai voar. E de comboios em que não se vai andar. E pelas pontes que projectou e que nunca ligarão nada. Teixeira dos Santos deve-me dinheiro porque em 2008 me disse que as contas do Estado estavam sãs. E estavam doentes. Muito. E não há cura para as contas deste Estado. Os jornalistas que têm casas da Câmara devem-me o dinheiro das rendas. E os arquitectos também. E os médicos e todos aqueles que deviam pagar rendas e prestações e vivem em casas da Câmara, devem-me dinheiro. Os que construíram dez estádios de futebol devem-me o custo de dez estádios de futebol. Os que não trabalham porque não querem e recebem subsídios porque querem, devem-me dinheiro. Devem-me tanto como os que não pagam renda de casa e deviam pagar. Jornalistas, médicos, economistas, advogados e arquitectos deviam ter vergonha na cara e pagar rendas de casa. Porque o resto do país paga. E eles não pagam. E não têm vergonha de me dever dinheiro. Nem eles nem Pedro Silva Pereira que deve dinheiro à natureza pela alteração da Zona de Protecção Especial de Alcochete. Porque o Freeport foi feito à custa de robalos e matou flamingos. E agora para pagar o que devem aos flamingos e ao país vão vendendo Portugal aos chineses. Mas eles não nos dão robalos suficientes apesar de nos termos esquecido de Tien Amen e da Birmânia e do Prémio Nobel e do Google censurado. Apesar de censurarmos, também, a manifestação da Amnistia, não nos dão robalos. Ensinam-nos a pescar dando-nos dinheiro a conta gotas para ir a uma loja chinesa comprar canas de pesca e isco de plástico e tentar a sorte com tainhas. À borda do Tejo. Mas pesca-se pouca tainha porque o Tejo vem sujo. De Alcochete. Por isso devem-me dinheiro. A mim e aos 600 mil que ficaram desempregados e aos 600 mil que ainda vão ficar sem trabalho. E à D. Isabel que vai a esta hora da noite ou do dia na limpeza de mais um escritório. Normalmente limpa três. E duas vezes por semana vai ao Banco Alimentar. E se está perto vai a um refeitório das Misericórdias. À Sexta come muito. Porque Sábado e Domingo estão fechados. E quando está doente vai para o centro de saúde às 4 da manhã. E limpa menos um escritório. E nessa altura ganha menos que o ordenado mínimo. Por isso devem-nos muito dinheiro. E não adianta contratar o Cobrador do Fraque. Eles não têm vergonha nenhuma. Vai ser preciso mais para pagarem. Muito mais. Já."
Mário Crespo
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N A D A
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Não tenho nada!
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Nem terra, nem casa ou pão,
Nem mágoa, dor ou paixão,
Nem restos duma ilusão,
Nem amizade aos que estão!
Não tenho nada de meu!
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Não tenho nada!
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Depois de tanto ter tido
E o mundo ter percorrido,
De haver brocados vestido
E ter co' os grandes vivido,
Tomando a terra por céu.
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Não tenho nada!
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Nem quero ter novamente!
Seja o futuro dif'rente,
Ou seja como o presente,
Que faz feliz tanta gente,
Que até vergonha perdeu.
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Vítor Cintra
No livro: ENTRE O LONGE E O DISTANTE

segunda-feira, dezembro 06, 2010

A Padroeira

Nª. Srª. CONCEIÇÃO, Padroeira e Rainha de Portugal
(imagem recolhida na internet)
A Igreja Católica celebra a 8 de Dezembro o dia da Imaculada Conceição de Maria Santíssima. O dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi proclamado pelo Papa Pio IX, em 1854. Em Portugal, o culto foi oficializado por D. João IV, primeiro rei da dinastia de Bragança, cujo reinado decorreu de 1640 a 1656. Sendo um dos feriados nacionais, é de extrema importância para Vila Viçosa, já que é ali que se encontra o Santuário de Nossa Senhora da Conceição. Foi em Vila Viçosa que D. João IV, perante a imagem de Nossa Senhora da Conceição, ofereceu Portugal à Mãe Imaculada de Jesus, depondo a coroa real aos pés da Rainha do Céu que, doravante, passou a ser também a Rainha de Portugal. Com essa deposição a Padroeira de Vila Viçosa tornou-se também a Padroeira de Portugal. Depois desse grande momento, os reis seus sucessores nunca mais puseram sobre a cabeça a coroa real.
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SENHORA DA CONCEIÇÃO
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Em Alcobaça a memória
Chama-te Mãe da Vitória,
Ao relembrar Santarém;
E, mais além, na Batalha,
Que o Mestre quis por mortalha,
És da Vitória também.
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Mas foi em Vila Viçosa
Que, Virgem Mãe, poderosa
Senhora da Conceição,
Abriste porta à coragem,
Abençoando a linhagem
Que resgatou a Nação.
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És, Santa Mãe, Padroeira,
Entre as rainhas, primeira,
Das terras de Portugal,
Dom João o decretou
E o povo todo aclamou.
És devoção nacional!
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Vítor Cintra
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No livro: AFAGOS

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Restauração - 1.12.1640


Há 370 anos Potugal recuperava a sua Independência