PROMESSAS... o dia a dia dos políticos
Primeiro fecham-se maternidades, urgências hospitalares, cuidados de saúde primários, seguidamente fomenta-se desesperadamente o aborto, depois decide-se a distribuição de preservativos nas escolas, finalmente (em época eleitoral, evidentemente) acenam-se 200 € por nascimento, como incentivo à natalidade.
Se isto não fosse mais uma das absurdas idiotices com que, ao longo dos anos, temos sido brindados pela tacanha visão dos políticos, teria que ser tomado como anedota. Acontece que o neurónio de utilização colectiva dos políticos, de tão pouco utilizado que tem sido, deve ter perdido a noção do ridículo.
O que vale é que, vinda de onde vem, a promessa não passa disso mesmo.
Vendo bem as coisas, mais promessa menos promessa, que diferença faz?!
É apenas mais uma entre milhares. Se não for cumprida quem é que vai estranhar?
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E X P E C T A T I V A
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Ao romper da madrugada
Ouviremos as razões
De quem pouco sabe, ou nada,
Mas pretende dar lições.
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Sentiremos assumidas,
Sem reservas, posições
Que pretendem ver, nas vidas,
O valor dalguns cifrões.
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E veremos que suporte
Fundamenta as decisões
Que forjaram dor e morte,
Sem quaisquer hesitações.
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Saberemos se é verdade
Que o sentir das multidões
Muda co'a facilidade
Com que mudam os sermões.
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Vítor Cintra
No livro: DIVAGANDO