domingo, dezembro 27, 2009

BOAS FESTAS


UM FELIZ ANO DE 2010

a todos os amigos que nos visitam

terça-feira, dezembro 22, 2009

FELIZ NATAL

Votos de um Santo Natal para todos

quarta-feira, dezembro 16, 2009

D. AFONSO HENRIQUES

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"Na dureza das armas e argúcia na arte de negociar no tabuleiro das relações internacionais assenta a existência de Portugal como reino independente."
Carlos Margaça Veiga (Historiador)
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Assim começa o artigo intitulado "A «certidão de nascimento» de Portugal", publicado no nº 3, ano XXIV, da revista Clube do Colecionador.
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Muito embora, o ano, que agora finda, tenha sido rico na evocação comemorativa de grandes acontecimentos relacionados com a fundação de Portugal, enquanto nação, polarizados em torno de D. Afonso Henriques, o Fundador do reino, a quem a História cognominou de Conquistador, essas efemérides parecem ter merecido, pouca ou nenhuma importância, quer da parte da cada vez mais ignorante classe política, quer por parte da imprensa preocupada, apenas, em bajular aqueles que lhe garantem os subsídios.
Entre outros acontecimentos, são de ressaltar o nascimento de D. Afonso Henriques, em 1109, a Batalha de Ourique, em 1139 - feito que determina o início do reino de Portugal - a elaboração, em 1179, do testamento definitivo de D. Afonso Henriques, bem como a promulgação, no mesmo ano, da bula "Manifestis probatum", do papa Alexandre III, documento em que, após 35 anos de aturada actividade diplomática, se reconhece a independência política e eclesiástica portuguesa em relação ao reino de Leão e Castela.
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D ..... A F O N S O.... H E N R I Q U E S
................(1139 – 1185)
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A História lhe chamou, Conquistador.
Mas ao pegar em armas contra a mãe,
Os Travas enfrentou, então, também,
E justo era chamar-lhe Fundador.
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Juntando à sua volta a fidalguia,
E sendo Alferes-mor Egas Moniz,
Ergueu Afonso Henriques, como quis,
Em trono forte, a nova monarquia.
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Lançou, de Guimarães, na sua audácia,
Ataques, conquistando Neiva e Feira,
Na ânsia de alargar, a sul, fronteira.
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Mais tarde, com destreza e eficácia,
Senhor já de Coimbra até Ourém,
Tomou Lisboa, Sintra e Santarém.
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Vítor Cintra
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No livro: DINASTIAS

terça-feira, dezembro 08, 2009

Nª. Srª. CONCEIÇÃO, Padroeira e Rainha de Portugal

(imagem recolhida na internet)
A Igreja Católica celebra a 8 de Dezembro o dia da Imaculada Conceição de Maria Santíssima.
O dogma Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi proclamado pelo Papa Pio IX, em 1854.
Em Portugal, o culto foi oficializado por D. João IV, primeiro rei da dinastia de Bragança, cujo reinado decorreu de 1640 a 1656.
Sendo um dos feriados nacionais, é de extrema importância para Vila Viçosa, já que é ali que se encontra o Santuário de Nossa Senhora da Conceição.
Foi em Vila Viçosa que D. João IV, perante a imagem de Nossa Senhora da Conceição, ofereceu Portugal à Mãe Imaculada de Jesus, depondo a coroa real aos pés da Rainha do Céu que, doravante, passou a ser também a Rainha de Portugal. Com essa deposição a Padroeira de Vila Viçosa tornou-se também a Padroeira de Portugal.
Depois desse grande momento, os reis seus sucessores nunca mais puseram sobre a cabeça a coroa real.
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SENHORA DA CONCEIÇÃO
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Em Alcobaça a memória
Chama-te Mãe da Vitória,
Ao relembrar Santarém;
E, mais além, na Batalha,
Que o Mestre quis por mortalha,
És da Vitória também.
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Mas foi em Vila Viçosa
Que, Virgem Mãe, poderosa
Senhora da Conceição,
Abriste porta à coragem,
Abençoando a linhagem
Que resgatou a Nação.
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És, Santa Mãe, Padroeira,
Entre as rainhas, primeira,
Das terras de Portugal,
Dom João o decretou
E o povo todo aclamou.
És devoção nacional!
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Vítor Cintra
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No livro: AFAGOS

terça-feira, dezembro 01, 2009

RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL

(Imagem recolhida na internet)
Corria o ano de 1640.
Em 1580, explorando a fraqueza das forças portuguesas, dizimadas em Alcácer Quibir, Castela expulsa o novo rei de Portugal, D. António Prior do Crato, aclamado nas cortes de Santarém e faz aclamar, em Tomar, Filipe II de Castela, como Filipe I de Portugal, impondo a ideia da monarquia dualista.
Foram 60 anos de má administração, de constante agravamento de impostos, de abandono dos territórios ultramarinos.
Em 1634, o conde-duque de Olivares, homem forte de Filipe IV de Castela (III de Portugal), nomeia Margarida, viúva do duque de Mântua, para a elevada função de vice-rei de Portugal e transfere Miguel de Vasconcelos, da função de escrivão da Fazenda, para a elevadíssima função de Secretário de Estado.
A partir de 1635, as condições de vida em Portugal degradam-se ainda mais.
O agravamento indiscriminado de impostos, o abandono das guarnições militares nos territórios ultramarinos, sendo os portugueses forçados a combater nas guerras espanholas, a perseguição, pelos esbirros de Castela, do povo português, da nobreza e do clero, atingem o ponto de ruptura, quando em Junho de 1640, a Catalunha se insurge contra o despotismo de Olivares e este decide mandar os portugueses combater os catalães revoltados. Ao mesmo tempo anuncia um novo agravamento dos impostos, destinado a suportar os encargos dessa acção de repressão.
O Palácio de D. Antão de Almada serviu de quartel-general aos conjurados. A 1 de Dezembro de 1640, a morte de Miguel de Vasconcelos e a expulsão da duquesa de Mântua significaram o início da acção dos conjurados e o fim do domínio de Castela.
Acontecia a Restauração da Independência de Portugal.
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B R A G A N T I N A
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Amordaçado fora o reino inteiro;
O povo, empobrecido, escravizado.
Filipe, que a reinar era o terceiro,
Tratava com desprezo o povo errado.
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Estava-se em Dezembro, no primeiro.
Em actos de revolta consertados,
Matando, na Ribeira, o conde Andeiro,
Entravam em acção os conjurados.
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E logo todo o povo de Lisboa,
Num brado «Viva o Rei!», que longe ecoa,
Se junta aos conjurados e os anima,
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Com todo o Portugal se agigantando
E o Duque de Bragança no comando,
Nascia a dinastia Bragantina.
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Vítor Cintra
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No livro: DINASTIAS