quinta-feira, janeiro 20, 2011

«Christian» - o Leão


Há animais que são muito mais leais do que muitos humanos

quinta-feira, janeiro 13, 2011

DÍVIDA

(imagem recolhida na internet)
O artigo que a seguir se reproduz foi publicado pela agência Lusa, sob o título:
"Dívida: Cada português deve 15 mil euros aos dez maiores países credores, com Espanha à cabeça.
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Lisboa, 11 jan (Lusa) -- Cada um dos 10,6 milhões de portugueses deve 14.852,83 euros à dezena de países que detêm mais dívida de Portugal, com Espanha, França e Alemanha à frente das dez economias com maior exposição ao total da dívida portuguesa.
O total da dívida portuguesa aos dez maiores credores estrangeiros, por países, é de 203.326 milhões de dólares (157.440 milhões de euros), segundo os dados do Banco de Pagamentos Internacionais (BIS, na sigla inglesa), relativos a junho de 2010.
Por países, são os bancos espanhóis que estão mais estão expostos à dívida de Portugal (incluindo dívida privada e dívida pública), com 78.288 milhões de dólares (60.620 milhões de euros), seguidos das instituições francesas, com 41.904 milhões de dólares e das alemãs, com 37.240 milhões de dólares.
"
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Até quando iremos consentir que a incompetência nos continue a individar, hipotecando o futuro do país?...
Até quando iremos consentir que a Justiça continue a olhar para o lado deixando impunes os responsáveis pelo empobrecimento e endividamento de Portugal?...
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A B U T R E S
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Não são nem ais, nem suspiros,
Que evitam que estes vampiros
Consigam sugar-nos mais.
Abutres, que andam à solta,
Cirandam à nossa volta,
À espreita dalguns sinais.
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Sinais de que nós vivemos,
Pensamos e até dizemos,
Por pouco, sequer, que seja;
Sinais de qualquer protesto,
Por muito que seja honesto,
Porque isso lhes causa inveja.
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Inveja do que sabemos,
Ouvimos, vemos e lemos,
Do que sentimos também,
Inveja, pois somos pobres
Com sentimentos mais nobres
Do que essa gentalha tem.
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Vítor Cintra
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No livro: AFAGOS

domingo, janeiro 09, 2011

Estado de Sítio

Pela sua pertinência e oportunidade, se transcreve o artigo, publicado já há um ano e intitulado:
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«Bendito sapatinho
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O senhor presidente relativo do Conselho tirou uns diazinhos de férias na Suíça onde, presume-se, andou a exercitar a sua arte de esquiar. Ainda bem. E para grande felicidade dos indígenas desta vez não partiu nenhum osso ou cartilagem. Está pois com forças redobradas para continuar a massacrar os neurónios de toda a gente com as suas patranhas sobre a retoma da economia, os grandes investimentos públicos, os computadores para as pobres criancinhas, que ainda estão longe de perceber o futuro que as espera, e os gloriosos amanhãs que só existem na excelsa cabecinha de Sua Excelência. Nada de novo, portanto. O senhor Presidente da República ficou por cá, por terras algarvias. No intervalo das merecidas férias falou, como é costume, aos indígenas. Sem surpresas. Toda a gente sabe que o desemprego vai continuar a aumentar, a dívida pública é o que se sabe, o endividamento externo é uma vergonha, o défice das contas públicas não pára de subir e a economia está em estado comatoso. E mesmo o apelo a um pacto de regime para o sítio ter um Orçamento compatível com o estado em que se encontra é pura e simplesmente chover no molhado. São palavras sensatas, até bonitas, ditas num tom sério e preocupado, mas são apenas isso. Palavras que os indígenas, com emprego e dinheiro no bolso, deste sítio manhoso, preguiçoso, hipócrita, pobre, deprimido e obviamente cada vez mais mal frequentado, ouviram entre duas mordidelas numa fatia de bolo-rei. Quanto à oposição, nomeadamente o PSD, nada. Os sociais-democratas andam por aí como baratas tontas à procura de umas ideias, preparam-se para mais um ajuste de contas e esperam que o senhor presidente relativo do Conselho retome a actividade para debitarem mais uns lugares-comuns sobre as brilhantes políticas do Governo de Sua Excelência. No meio deste marasmo, desta miséria material e intelectual, restam os optimistas, os que conseguem ver uma luzinha ao fundo de um qualquer túnel, que acreditam nas virtualidades do sítio e num futuro radioso que estará algures à espera dos indígenas. São vozes de esperança, de exaltação das virtualidades políticas e pessoais do senhor presidente relativo do Conselho e que do alto da sua sabedoria lembram aos indígenas que este regime, apesar de tudo, lhes deu sapatos. Há um tempo para tudo seus ingratos. Benzam-se e dêem graças às luminárias que os governam por ainda não andarem descalços
António Ribeiro Ferreira, Jornalista – in CM
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É caso para perguntar:
Para os políticos o que é que mudou, de há um ano para cá, apesar das dificuldades do país terem ultrapassado os limites do suportável?
Continuam a levar uma vida de estadão, gastando à tripa-forra, rebolando-se na opulência que o desperdício dos recursos, o empobrecimento do povo e o endividamento do país lhes vai garantindo.
Enquanto isso, embalam-nos com 'conversa da treta', discutindo compra e venda de acções deste ou daquele pseudo banco, desta ou daquela hipotética sociedade, na tentativa de mascarar a falta de projectos ou soluções para Portugal, numa vergonhosa «lavagem de roupa suja», como se os problemas do país se resumissem só, e apenas, ao que um único político abocanhou da gamela orçamental e todos os outros fossem inocentes, no desbragamento, esbanjamento e usurpação, quiçá roubo, do magro pão de tantos pobres.
É mais do que óbvio o motivo porque o FMI aterroriza tanto todos os políticos.
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C O N T R A D I T Ó R I O
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São nossas as intenções
De ter um mundo melhor,
Mas vós sabeis as razões
Que o fazem ficar pior.
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É nosso o desejo ardente
De ver o mundo feliz,
Mas vosso é o que não sente
Paixão p'lo que a gente diz.
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São nossas as tradições
De dar por solidariedade,
Vós tendes motivações
Que o fazem, mas por vaidade.
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É nosso o sentir urgente
Que chegue o fim da pobreza,
Mas vosso é o que desmente
Não ter apego à riqueza.
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Vítor Cintra
No livro: VERTIGEM

terça-feira, janeiro 04, 2011

Prémios indevidos na Saúde

(imagem do C.M.- recolhida na internet)
"Vinte e cinco carros de luxo, para fins não exclusivamente profissionais, e prémios injustificados no valor de cerca de 154 mil euros foram pagos a membros do conselho de administração (CA) e a colaboradores do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), revela uma auditoria do Tribunal de Contas, referente a 2008, e feita à aquisição de bens e serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Fonte do Ministério da Saúde afirmou ao CM que o conhecimento desta situação levou à substituição do presidente do CA em Abril de 2010."
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Enquanto o despesismo, a má gestão, o desgoverno, a desvergonha, no Ministério da Saúde, aliás como em todos os outros ministérios, continua, os pobres vão suportando um imoral agravamento das taxas moderadoras dum Serviço Nacional de Saúde, que de facto NUNCA o foi, ou se alguma vez o foi, há muito que deixou de ser senão um sorvedouro insaciável dos parcos recursos deste desgovernado país.
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D I S S E
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À vida disse: "Não ponho
Noções de fé, infundada,
Em ilusões feitas sonho,
Que não me levam a nada".
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Pois no meu tempo de vida,
Da vida que Deus me deu,
Desde a chegada à partida,
As marcas busco-as eu.
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Aos anos deitei os sonhos,
As ilusões, a esperança
Feita de cada mudança,
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Mas, dos meus dias risonhos,
As nesgas de f'licidade
Guardei-as junto à idade.
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Vítor Cintra
No livro: PEDAÇOS DO MEU SENTIR