domingo, agosto 23, 2009

Entre o Longe e o Distante

Apresentação em simultâneo
a ideia ganhou força e vai mesmo acontecer.
Porque não é possível convidar pessoalmente todos os amigos, deixo-vos aqui o convite.

segunda-feira, agosto 17, 2009

ATOARDAS OU IGNORÂNCIA?

(imagem recolhida na internet)
São muitas as imbecilidades com que, diariamente, os políticos nos presenteiam. E, em período pré-eleitoral, é quase inesgotável a fonte onde abastecem o seu minguado neurónio, com ideias de jerico. Até aqui, é caso para dizer, "nada de novo".
O que de facto é novo, surpreendente e caricato é ouvir agora o sr. Sócrates, após quatro anos consecutivos a agravar impostos, para sustentar os compadres e pagar a (des)governação ruinosa, fazer uma promessa (mais uma) de que vai agravar os impostos aos ricos.
Se não fosse a triste demonstração duma alienação preocupante, era caso para rir.
- Que ricos?... Onde estão os ricos, sr. Sócrates?... Só se forem os seus compadres e apaniguados que, durante o seu catastrófico consulado, não tiveram mãos a medir num " é fartar, vilanagem". Mas, a não serem esses, talvez cheguem os dedos de uma só mão, para contar os ricos de Portugal. E, a esses, não é qualquer Publicano (mesmo com mestrado de saqueador) que tem capacidade para extorquir seja o que for.
Ou será que os agravamentos dos impostos com que, ao longo destes quatro anos, nos sangrou a todos não foram senão uma amostra da pilhagem que nos está reservada?
Esclareça-nos, sr. "Promessas".
O povo costuma dizer que: QUEM MUITO FALA POUCO ACERTA, mas, apesar do sr. ser tão palrador, talvez não se importe de nos esclarecer. Se for capaz, naturalmente.
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C O N T R A D I T Ó R I O
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São nossas as intenções
De ter um mundo melhor,
Mas vós sabeis as razões
Que o fazem ficar pior.
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É nosso o desejo ardente
De ver o mundo feliz,
Mas vosso é o que não sente
Paixão p'lo que a gente diz.
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São nossas as tradições
De dar por solidariedade,
Vós tendes motivações
Que o fazem, mas por vaidade.
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É nosso o sentir urgente
Que chegue o fim da pobreza,
Mas vosso é o que desmente
Não ter apego à riqueza.

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Vítor Cintra
No livro: VERTIGEM

quarta-feira, agosto 05, 2009

Tráfico de Pessoas

(imagem recolhida na internet)
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Quando se fala de «Escravatura» o termo transporta-nos, quase de imediato, para memórias de tempos passados e inspira-nos um sentimento de repulsa, compreensível aliás.
A realidade, porém, é bem mais trágica e bem mais actual do que aquela que a história nos relata como prática doutros tempos.
A Revista Além-Mar, de que se transcreve o trecho que segue, tem vindo a denunciar, repetidamente, práticas bem mais actuais e não menos repugnantes.
«... como sempre, pode escolher-se entre homens, mulheres e crianças. Estas são particularmente apreciadas, porque são mais dóceis, comem e protestam menos, dormem em qualquer recanto e, como é necessário menos força para obrigá-las a trabalhar, dão menos dores de cabeça a capatazes e vigilantes. Meninos escravos propriamente ditos haverá no mundo cerca de 8 milhões. Não muito longe desta condição encontram-se os 111 milhões de menores de 15 anos que executam tarefas impróprias, perigosas ou demasiado árduas para a idade
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E S C R A V O
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Porque te esforças tanto por sorrir
Se, nessa condição de escravizado,
Por mais que seja o esforço redobrado,
Não tens, como horizonte, um bom porvir?
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Porque te esforças tanto em ser cortês
Com quem marcou de dor a tua vida
Sabendo que a maldade, repetida,
Aumenta o sofrimento, vez a vez?
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Mantém, dos teus carrascos, a distância.
Não dês, nem reconheças, importância
A quem te escravizou, e ao teu povo.
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Aquele que preserva na memória
A honra e o valor da sua História
Verá um dia o sol brilhar de novo.
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Vítor Cintra
No livro: CONTRASTES