quarta-feira, maio 04, 2011

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(imagem recolhida na internet)



Assinado por Luis Reis Pires, sob o título: «Patrões descontam menos para a segurança social», é hoje publicado um artigo noticiando a decisão da troika de que:
"O programa de austeridade impõe redução da taxa social única para as empresas.
As empresas vão passar a descontar menos para a Segurança Social. O programa de austeridade da ‘troika', negociado com Governo, prevê a redução da taxa social única, mas apenas da parte que é da responsabilidade dos empregadores, como uma das medidas mais importantes para aumentar a competitividade da economia.
O documento com as contrapartidas pela ajuda externa, a que o Diário Económico teve acesso, explica que o aumento da competitividade do país vai envolver "uma grande redução" nas contribuições dos empregadores para a segurança social.
Para compensar o Estado pela perda desta receita e para não colocar em risco o sistema de pensões nacional, serão tomadas medidas que deverão passar por alterações na estrutura e nas taxas de IVA; cortes permanentes adicionais na despesa; e aumento de outros impostos que não tenham um efeito adverso na competitividade.
O documento refere ainda que a proposta poderá ser implementada em duas fases distintas, mas a primeira parte terá que avançar obrigatoriamente já no Orçamento do Estado para 2012. A proposta, que permitirá reduzir os custos das empresas portuguesas, vai ao encontro do que já tinha sido pelo sugerido pelo PSD. Recorde-se que o maior partido da oposição defendia uma redução da taxa social única paga pelas empresas, que seria compensada por um aumento do imposto sobre o consumo. Os patrões também defendem há muito a redução das contribuições para a segurança social.[CORTE_EDIMPRESSA]
Já este ano, o Banco de Portugal publicou um estudo no qual analisava o impacto de uma subida de dois pontos percentuais no IVA, que permitisse a redução da taxa social única. Na altura, uma das conclusões a que o supervisor chegou foi que tal medida teria um efeito positivo na competitividade das empresas e, por essa via, no crescimento económico."

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Há muito que, todos aqueles que entendem, minimamente, de economia repetem que o peso exagerado dos encargos sobre as empresas, conjugados com as espartilhadas leis laborais, não só distorcem as regras da economia como limitam o crescimento do emprego, fomentado não só o crescimento da chamada "economia paralela", como até a tão falada "fuga ao fisco". Uma e outra, aliás, consequências lógicas, ou reacção natural de defesa da economia à avidez, insustentável, dum estado insaciável. É óbvio que a decisão da "troika" não é, portanto, surpresa, a não ser para os ganaciosos (des)governantes que nos parasitam.

P A R E L H A

Se ouvisse, anos atrás, alguém dizer
O quanto de mentiras já ouvi,
Contadas por políticos daqui,
Riria, por pensar ser anedota.
Além de repeti-lo, por chacota,
Tentava dar-lhe um cunho de chalaça,
Embora sem pensar que, tal desgraça,
Seria bem capaz de acontecer.

Mentir, tornou-se prática corrente
Em muitas atitudes e discursos;
Não só p’ra permitir roubar recursos,
Também por arrogância, tacanhez,
Insânia, ou mesmo até estupidez.
Revelam mau carácter, trafulhice,
Ou mesmo, o tal mestrado em vigarice.
Só há um outro traste condizente,
O Santos, “ladrão mor” sempre presente.


Vítor Cintra