ATÉ QUANDO?...Povo cego!
DE REGRESSO...
... e depois dos filhos e netos, chegou a hora de visitar os amigos. Agradecer as visitas que me foram feitas e responder às mensagens recebidas é, afinal, um prazer.
Antes, porém, considero importante dar testemunho da minha solidariedade. É que, acabo de ler Povo que escarras no rio e, perante este desabafo de protesto e revolta, não posso, nem quero, dixar de manifestar o meu apoio e expressar uma homenagem sincera, ainda que humilde, ao homem que teve a dignidade de o escrever. Insurgir-se, com tão honesta frontalidade, contra a indiferença e o desrespeito com que, com abjecta desvergonha, os políticos continuam a tratar aqueles que souberam servir Portugal, revela uma nobreza de carácter que deve ser realçada.
... e depois dos filhos e netos, chegou a hora de visitar os amigos. Agradecer as visitas que me foram feitas e responder às mensagens recebidas é, afinal, um prazer.
Antes, porém, considero importante dar testemunho da minha solidariedade. É que, acabo de ler Povo que escarras no rio e, perante este desabafo de protesto e revolta, não posso, nem quero, dixar de manifestar o meu apoio e expressar uma homenagem sincera, ainda que humilde, ao homem que teve a dignidade de o escrever. Insurgir-se, com tão honesta frontalidade, contra a indiferença e o desrespeito com que, com abjecta desvergonha, os políticos continuam a tratar aqueles que souberam servir Portugal, revela uma nobreza de carácter que deve ser realçada.
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PORQUÊ?...Quem nunca combateu, não teve medo,
Nem sabe quão amargo é o sabor
De não poder falar desse segredo,
Sem ver diminuído o seu valor.
Mas, quem por lá andou, sente revolta,
Num misto de amargor e apatia,
Ao ver-se injustiçado, quando volta
À terra que o mandou lutar, um dia.
Porquê?... Se nem os mortos se recordam?...
- Supremo sacrifício de soldados,
Sem tempos de memória consagrados. -
"Porquê?..." Gritam as vozes que me acordam,
Nas noites que, chamando do além,
Perguntam a razão de tal desdém.
Vítor Cintra
No livro: ENCRUZILHADA