segunda-feira, maio 26, 2008

DOIS ANOS DEPOIS...

(Imagem recolhida na inernet)
Esta página completa hoje dois anos de edição.
Dois anos de contrariedades, é certo, mas também de imensas alegrias.
Dois anos de denúncias da mediocridade dos políticos, do oportunismos dos situacionistas, de injustiças sociais.
Dois anos de viagens pela História e pela memória das cidades e dos homens.
Dois anos de convívio com desconhecidos que se tornaram amigos, apesar das diferenças.
Dois anos em que, umas vezes com maior disponibilidade, outras nem tanto, expressàmos ideias, partilhàmos opiniões, ensinàmos e aprendemos com frontalidade mas também muita honestidade.
É por isso que, aos amigos que nos apoiaram, tal como aos que, honestamente, se nos opuseram, mas também a todos aqueles que por aqui passaram sem terem deixado comentários e até aos outros que entretanto desistiram da blogosfera, queremos agradecer, deixar um abraço e dedicar um poema:
.
ÀS VEZES
.
Às vezes choro,
Às vezes canto;
Outras namoro
'squecendo o pranto.
.
Às vezes sinto,
Às vezes não;
Outras desminto
O coração.
.
Às vezes sonho,
Às vezes faço;
Outras - suponho -
Só embaraço.
.
Às vezes trago,
Às vezes levo;
Outras afago,
Quando me atrevo.
.
Às vezes vejo,
Às vezes não;
Outras desejo
Não ter razão.
.
Às vezes calo,
Às vezes digo;
Outras só falo
Se for comigo.
.
Vítor Cintra
No livro: AO ACASO

terça-feira, maio 20, 2008

SANTARÉM


Perde-se na memória dos tempos a ocupação humana e a importância de Santarém. A sua história de conquistas e reconquistas é disso testemunho.
Desta elevação alta, que a sul cai abruptamente até à margem direita do Tejo, controlava-se a passagem do rio.
Terá sido sede de um castro lusitano.
Os fenícios terão subido o rio e estabelecido um entreposto comercial no sopé da colina, no local hoje denominado por Ribeira de Santarém.
Os gregos também aqui chegaram, melhorando o castro a que chamaram "Esca-Abidis".
Os romanos, sob Júlio César, conquistaram a fortaleza no século I a.C., remodelaram-na e transformaram-na numa das suas maiores bases militares, chamando-a de "Scalabis-Castrum".
Em 418, os alanos tomaram-na e chamaram-lhe "Scalabis". Em 653, porém, foram derrotados pelos godos cristãos que lhe mudaram o nome para Santa Irene, mais tarde transformado em Santarém.
Em 715 os muçulmanos conquistaram-na. Em 753 Afonso I, rei das Astúrias, retomou-a, mas em 760 voltou a mãos muçulmanas. Foi reconquistada e perdida diversas vezes por cristãos e muçulmanos. Em 1093, D. Afonso VI de Leão recuperou-a, integrando-a na Província de Portucale que doou ao conde D. Henrique. Em 1110, cercada por um grande exército comandado pelo Emir Seyr, após aturada resistência, foi forçada a render-se.
No dia 8 de Maio de 1147, porém, foi alvo de um audacioso ataque nocturno dirigido por D. Afonso Henriques que, saindo de Coimbra com uma força de cerca de 250 homens escolhidos a dedo, a conquistou definitivamente.
(Fonte de informação: Guia dos Castelos de Portugal)

segunda-feira, maio 05, 2008

ÓBIDOS

(clic na fotografia para ler o poema)
ÓBIDOS, não necessita de apresentações. É uma pérola da história. Ou, como muito bem dizem Afonso Manuel Alves e Luis Leiria de Lima, no seu livro «ÓBIDOS - Recantos do Tempo»:
"... lugar onde o branco, o castanho, a telha e o verde fazem pacto. Aqui habitam a muralha, o casario, o alicerce, a ramagem, o castelo, a igreja, a rua e a altura.
Aqui se narra a sabedoria do povo e a memória do tempo.
Foi este anel de pedra lavrada que D. Dinis ofereceu um dia à mulher do seu encanto.
É Óbidos harmonia sinfónica onde, por razões do acaso e da vontade, a natureza e o homem coincidiram".
Melhor definição para quê?... Afinal Óbidos não necessita definição. Basta entrar e sentir.

quinta-feira, maio 01, 2008

No regresso... dois mimos.


Os dias são maiores. O tempo está bom para viajar. O 25 de Abril arranjou-nos um fim de semana prolongado. Difícil seria não aproveitar esta conjugação de factores, naturalmente.

No regresso de uma incursão por terras de Espanha, vim encontrar dois 'mimos'.

O primeiro, uma gentileza da amiga Nanda, que não posso deixar de agradecer, pelo que em si mesmo significa.
Obrigado, amiga! Muito obrigado pela tua amizade!


O segundo 'mimo', vem de mais longe. Muito mais longe, mas ainda assim bem próximo do meu coração.
Digital do Índico, a casa da minha amiga Ana, é a janela aberta para uma viagem ao outro lado do tempo. Através da sua sensibilidade e da lente da sua câmera, viajo ao encontro dos tempos da juventude, umas vezes duros, sofridos mesmo, mas muitas vezes empolgantes e belos. Obrigado, Ana, pela tua amizade. Este poema, é a minha forma de te agradecer:

M O Ç A M B I Q U E

Moçambique, terra amada,
Fascínio da minha vida,
Minha paixão, muito qu'rida,
Que não trocava por nada.

Paraíso que me encanta,
Meu delírio, sortilégio,
Devoção, ou sacrilégio,
Dum amor grande, que espanta.

Moçambique!... Tão distante!
Terra da minha saudade!
- Saudade que nunca quis. -

Quem dera ver-te um instante,
Que durasse a eternidade,
P'ra, depois, viver feliz.

Vítor Cintra
No livro: DISPERSOS